O Bolsa Família representa o programa social mais destacado do Brasil, beneficiando milhões de famílias com rendimentos limitados a partir de R$ 600 mensais. Anteriormente substituído pelo Auxílio Brasil durante a gestão de Jair Bolsonaro, o programa retomou suas atividades em março do ano corrente.
Com sua renovação, o Bolsa Família sofreu alterações relevantes, causando o cancelamento de aproximadamente 2,8 milhões de registros. Segundo informações do governo, tais cancelamentos integram uma estratégia de revisar os registros, priorizando os recursos para quem realmente precisa.
Dentro desse contexto, os registros do Bolsa Família enfrentaram uma rigorosa análise, que identificou 1,2 milhões de famílias recebendo valores sem o devido mérito, culminando em múltiplos cancelamentos.
Outra atenção especial do governo foi para as famílias compostas por um único membro. Observou-se que a quantidade dessas famílias excedia o padrão aceitável, levantando suspeitas de irregularidades.
Estas suspeitas confirmaram-se, descobrindo-se que muitos desses registros individuais pertenciam a pessoas já listadas em outras famílias no programa. Isso levou o governo a modificar as diretrizes para tais registros.
O que fazer se o benefício do Bolsa Família foi interrompido?
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Em situações de bloqueio ou cancelamento do Bolsa Família, a família afetada deve procurar o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) mais próximo. No CRAS, podem obter informações detalhadas sobre o motivo da interrupção e buscar uma solução. Muitas vezes, a suspensão ocorre devido à falta de atualização do cadastro ou por não seguir certas normas.
Por isso, para continuar recebendo os benefícios, os participantes do Bolsa Família precisam cumprir todas as regras estabelecidas. Isso inclui respeitar o limite de renda estipulado e atualizar prontamente qualquer mudança nos dados no Cadastro Único.
Também é essencial cumprir requisitos como vacinação, pré-natal para gestantes e garantir a presença de crianças e adolescentes na escola.
Razões para a interrupção do auxílio
A renda é o critério fundamental para elegibilidade ao Bolsa Família, onde a renda mensal por pessoa da família não pode ultrapassar R$ 218.
Entretanto, o programa pode suspender ou cancelar o benefício se a família:
- Não atualizar as informações no Cadastro Único dentro do prazo determinado;
- Não garantir a presença mínima de crianças e adolescentes na escola;
- Não realizar o acompanhamento de saúde de crianças menores de 7 anos, como consultas e vacinas;
- Não comunicar mudanças de endereço ou composição familiar.
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É válido mencionar que, em certas situações, a renda da família beneficiada pode ultrapassar o limite durante o recebimento do Bolsa Família. Nesse cenário, e conforme a regra de proteção, os valores continuam sendo pagos, mas reduzidos pela metade por um período de até 24 meses.