Bolsa Família e Criptomoedas: Explorando Novas Formas de Pagamento

Empresas sancionadas pelo Banco Central brasileiro estão engajadas na criação do Real Digital, a próxima moeda cripto oficial do Brasil. No horizonte próximo, espera-se que pagamentos associados a benefícios sociais, tais como o Bolsa Família, e direitos laborais sejam agilizados através desta nova ferramenta.

Este comunicado foi revelado no dia 26 pela presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Rita Serrano.

A introdução da moeda digital para a quitação do Bolsa Família e outros auxílios sociais e trabalhistas tem como objetivo eliminar entraves burocráticos, reduzir o período de espera e facilitar o acesso rápido e fácil dos beneficiários aos fundos a que têm direito.

Além disso, este avanço pode trazer outros benefícios importantes, como a diminuição de despesas operacionais para o governo e a Caixa Econômica Federal, tornando os serviços mais produtivos e sustentáveis a longo prazo.

Contudo, é vital destacar que a transição para o Real Digital demandará um planejamento detalhado. Isto implica a necessidade de assegurar a inclusão digital de todos os cidadãos, particularmente aqueles que possam enfrentar obstáculos no uso de tecnologias digitais.

A acessibilidade deve ser uma prioridade para garantir que nenhum beneficiário seja excluído deste sistema revolucionário.

Como esperado, surgiram muitas perguntas sobre a implantação deste sistema entre os beneficiários do Bolsa Família. Portanto, elaboramos este texto para esclarecer essas questões relevantes.

Bolsa Família poderá ser pago com moeda digital

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Primeiramente, é importante mencionar que o Real Digital será efetivamente uma extensão do real atualmente em circulação. Sua emissão será supervisionada pelo Banco Central, enquanto a guarda será responsabilidade da autoridade monetária.

Segundo Maria Rita Serrano…

“Existe a possibilidade de pagar benefícios sociais e trabalhistas com moeda tokenizada (moedas transformadas em ativos digitais) no futuro”.

Assim, a porta-voz do Banco Central revelou que a instituição tem planos de utilizar a criptomoeda para impulsionar a digitalização financeira e a inclusão social, com foco no programa Bolsa Família.

Considerando que a Caixa tem presença em 99% dos municípios brasileiros e atende a 155 milhões de clientes, Serrano vê o banco como um ambiente propício para testar e implantar inovações.

Um importante passo foi dado nessa direção ontem. A Caixa anunciou a formação de um consórcio em parceria com a Elo, empresa de cartões de crédito, e a Microsoft, gigante da tecnologia.

Juntos, eles assumiram o compromisso de desenvolver o projeto-piloto da moeda digital. O motivo desta colaboração é acelerar o processo de criação e implementação da criptomoeda oficial do Brasil.

Marcos Brasiliano Rosa, vice-presidente de Finanças da Caixa, apontou que mesmo com a capacidade do banco de desenvolver o projeto de forma independente, a parceria com a Elo e a Microsoft agrega valor significativo.

A Elo fornecerá a chance de oferecer criptoativos com pagamentos parcelados, tornando-se algo similar ao funcionamento da fatura de um cartão de crédito.

Por sua vez, a participação da Microsoft garantirá que toda sua expertise tecnológica seja utilizada para acelerar a implementação do Real Digital para o pagamento do Bolsa Família e outras assistências governamentais.

Testes com o Real Digital

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Em setembro, começará a fase de testes dos sistemas criados pelos consórcios autorizados pelo Banco Central (BC).

Neste estágio, a autoridade monetária realizará uma avaliação rigorosa da segurança da plataforma selecionada pelo BC, executando operações simuladas entre o Real Digital e os depósitos tokenizados das instituições financeiras.

Os seguintes ativos foram escolhidos para o projeto piloto:

  • Depósitos de contas de reservas bancárias;
  • Depósitos de contas de liquidação;
  • Contas de pagamento de instituições de pagamento;
  • Depósitos da conta única do Tesouro Nacional;
  • Depósitos bancários à vista;
  • Títulos públicos federais.

As avaliações serão conduzidas em diversas fases, e a simulação das transações com títulos do Tesouro Nacional está prevista para começar somente em fevereiro do próximo ano.

Essa abordagem progressiva permitirá uma avaliação completa de cada tipo de transação. O objetivo é assegurar a segurança e eficiência do Real Digital antes de sua implementação total.

Com base nos resultados desses testes, o Banco Central poderá fazer ajustes e aperfeiçoamentos necessários para garantir o êxito e a confiabilidade do novo sistema financeiro.

Em resumo, com a implementação dessas novas tecnologias, é provável que no futuro próximo os pagamentos do Bolsa Família possam ser realizados com a moeda digital. Talvez não exclusivamente, mas essa opção deve estar disponível.