Destaques da USP estão enfrentando problemas com bolsa de estudos. Descubra porquê!
Alunos da Universidade de São Paulo (USP) em condição de vulnerabilidade têm acesso ao Programa de Apoio à Permanência e Formação Estudantil (PAPFE), uma iniciativa da Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento (PRIP).
Entretanto, o PAPFE sofreu alterações e, mesmo tendo adicionado mais de mil alunos à lista de beneficiados, agora totalizando 15 mil bolsistas, existem relatos de dificuldades para obter o benefício.
Uma mudança importante ocorreu no valor do auxílio moradia, que passou de R$ 500 para R$ 800 mensais. No entanto, os estudantes com direito a uma vaga no Crusp (Conjunto Residencial da USP) recebem apenas R$ 300.
Estudantes deveriam obter R$ 800, mas recebem menos da metade
A situação de Rafael Pankratz, aluno do Programa de Pós-Graduação em Estudos Culturais da EACH (Escola de Artes, Ciências e Humanidades), se traduz numa incerteza que compromete sua continuidade no programa.
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Como as aulas ocorrem à tarde, Rafael não pode manter um emprego de tempo integral. Isso intensifica sua dependência dos auxílios do programa.
No início, Rafael acreditava que os auxílios se estenderiam aos estudantes de pós-graduação, o que lhe garantiria a segurança financeira para prosseguir seus estudos. No entanto, até o momento, não se previu a publicação de um edital para estudantes deste nível.
Outra estudante, que optou por permanecer anônima, se mudou do interior para iniciar seu curso. Ela contava com o auxílio do programa para se estabelecer em uma república estudantil e evitar depender de parentes para moradia.
Entretanto, mesmo com o início das aulas, ela não apareceu na primeira lista de beneficiados. Essa é uma reclamação comum entre os calouros, que se sentem como se estivessem sendo “punidos”.
PRIP emite um comunicado ao Jornal do Campus (JC)
A declaração da PRIP esclarece que as alterações no PAPFE tinham como meta melhorar as políticas de permanência existentes na universidade. A ideia era criar um sistema mais eficaz e amplo para atender às necessidades dos estudantes em situação de vulnerabilidade econômica.
Ao mencionar as “políticas unificadas do PAPFE”, a PRIP indica que padronizou e integrou os critérios e procedimentos para requerer o auxílio.
Em outras palavras, os estudantes podem solicitar uma única vez o auxílio para todo o período da graduação. No entanto, na realidade, mesmo fazendo o pedido dos auxílios, os estudantes ainda não estão os recebendo.
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