O programa Bolsa Família, desde o início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), viu o cancelamento de 2,9 milhões de benefícios. A equipe social do governo atual anunciou que realizaria uma revisão detalhada nos cadastros, argumentando que muitos beneficiários já não preenchem mais os critérios estabelecidos.
Essa medida visou tornar o programa mais eficiente e direcionado às famílias em situação de vulnerabilidade.
O levantamento exclusivo e os cortes no Bolsa Família
Um levantamento exclusivo realizado pelo jornal Metrópoles revelou que, desde o início do governo Lula, 2,9 milhões de inscrições no Bolsa Família foram canceladas. O próprio Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) confirmou esses números por meio de um documento oficial.
Além disso, os cortes se intensificaram com a introdução do Auxílio Brasil, uma iniciativa da gestão de Jair Bolsonaro (PL), que trouxe a possibilidade de ingresso de novos grupos ao programa de transferência de renda.
Em dezembro de 2022, o Bolsa Família atendia a 21,6 milhões de famílias. Essa expansão do programa levou à revisão e cancelamento de benefícios, a fim de direcionar os recursos para aqueles que mais necessitam.
Quem está sujeito ao corte do benefício?
Contudo, o MDS justifica os cortes como uma maneira de adequar o benefício às famílias verdadeiramente necessitadas. Entre os grupos sujeitos ao cancelamento estão:
- Famílias com renda familiar mensal acima do limite para inscrição, que é de R$ 218 por pessoa da família;
- Famílias com renda mensal acima do limite estabelecido pela regra de proteção, que mantém o grupo com um corte de 50% no pagamento, com limite de R$ 606 por pessoa;
- Beneficiários que forneceram informações falsas ou omitiram dados no Cadastro Único;
- Crianças e adolescentes que estão fora da escola ou com frequência abaixo do indicado;
- Gestantes que não estão realizando o pré-natal conforme as orientações do programa.
Imagem: MIDAS/ Divulgação/ Agência Brasil