Reajuste no Bolsa Família para o próximo ano: o que esperar?

Iniciar-se-á o diálogo sobre modificações nos valores do Bolsa Família apenas em 2024. Isso foi explicitado por Wellington Dias, titular do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, numa conferência para jornalistas.

Essa conferência veio à sequência das festividades de duas décadas do programa. No contexto da celebração, o ministro apontou que múltiplas variáveis influenciam a decisão de modificar o auxílio.

Dentre elas, podemos citar o valor atual dos alimentos, oscilações no salário mínimo e indicadores econômicos como variações cambiais e a valorização do dólar.

No mês de julho, começaram a circular informações sobre um provável incremento de 4% no Bolsa Família para o ano subsequente.

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A conjectura comum era que tal ajuste fosse integrar o Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2024, que foi entregue ao Congresso no último dia de agosto.

Todavia, ao escrutinar o projeto submetido, observou-se a ausência da mencionada correção.

Paulo Bijos, responsável pela pasta de Orçamento Federal, pontuou que a omissão desse ajuste no projeto não sinaliza um descaso com o Bolsa Família.

Para uma visão mais ampla sobre o tema, convidamos a conferir um material minuciosamente elaborado para sua informação.

Efeméride dos 20 anos do Bolsa Família

No dia 20 de uma recente sexta-feira, o Bolsa Família celebrou duas décadas, sendo reconhecido como um dos mais destacados mecanismos de transferência de recursos.

Instituído em 2002, durante a administração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, este programa agora alcança um vasto contingente de lares brasileiros, somando aproximadamente 21,4 milhões em nosso território. O repasse médio é de R$ 688,97 por mês.

Coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, sua finalidade é a amalgamação de diferentes políticas de bem-estar social.

Seu escopo central é garantir que núcleos familiares em vulnerabilidade possam usufruir de direitos vitais, abrangendo saúde, educação e serviços de apoio social.

O marco foi celebrado no Ministério do Desenvolvimento Social, com a participação de personalidades notáveis, entre elas Wellington Dias, Marina Silva e Rita Serrano.

Adicionalmente, Luiz Inácio Lula da Silva, visionário do Bolsa Família, conectou-se ao evento via transmissão online. Em convalescença de intervenções médicas, Lula encontrava-se no Palácio da Alvorada.

Em sua intervenção, Lula sublinhou o papel crucial do Bolsa Família no combate à insegurança alimentar e reafirmou seu engajamento em eliminar a fome no Brasil até o encerramento de seu mandato em 2026.

Foco em investimentos para o público jovem

Desde sua reformulação em março de 2023, o Bolsa Família fortaleceu seus aportes, mirando primordialmente no público infantojuvenil.

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Recentemente, no mês de outubro, o programa abraçou o Benefício Variável Familiar Nutriz, somando R$ 50 para lares com recém-nascidos de até 6 meses.

Essa iniciativa busca realçar a alimentação de lactantes, alcançando cerca de 280 mil infantes. O investimento chega a R$ 13,9 milhões.

Também, o Benefício Primeira Infância (BPI) destinará recursos a 9,58 milhões de crianças de 0 a 6 anos, avaliado em R$ 150. Representa um investimento estatal de R$ 1,36 bilhão.

É relevante mencionar que outros programas tiveram ampliação nos aportes. O montante total distribuído pelo Bolsa Família em outubro atinge surpreendentes R$ 2,11 bilhões.

Ressalta-se que esses valores focam no bem-estar de bebês, crianças, adolescentes e gestantes em toda a nação.

Em resumo, o Bolsa Família é peça-chave na promoção da equidade e redução da pobreza em nosso país, possibilitando acesso a serviços essenciais e fomentando a formação e saúde de milhões de jovens cidadãos.