A Caixa Econômica Federal já começou a efetuar os pagamentos do Bolsa Família para julho de 2023. Conforme o Governo Federal, aproximadamente 21 milhões de famílias economicamente vulneráveis devem receber o benefício neste mês.

Entretanto, inúmeros inscritos tiveram o benefício bloqueado de maneira inesperada. Assim, a atual rodada de pagamentos introduziu novos bloqueios, tal como ocorreu em transferências anteriores.

Nesta perspectiva, os beneficiários devem estar cientes das razões que levam à suspensão do Bolsa Família. A seguir, compreenda o porquê do corte dos pagamentos e o que fazer para evitar essa situação.

Bloqueio do Bolsa Família acontece de maneira surpreendente para os participantes do programa

Primeiramente, é crucial que os beneficiários do Bolsa Família estejam cientes das normas do programa. Mesmo após a concessão do benefício, é imprescindível estar em conformidade com as diretrizes, pois verificamos continuamente os dados familiares.

Desta forma, aqueles que não cumprem mais as normas são automaticamente excluídos. Por esta razão, várias famílias tiveram o pagamento interrompido este mês.

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Violação da regra de renda é o principal motivo para os bloqueios

A principal razão que tem levado ao bloqueio dos benefícios é o não cumprimento da renda mínima para participação no programa. É exigido ter renda per capita de até R$ 218 para ter direito aos pagamentos mensais.

Para calcular a renda média mensal, é necessário somar a renda de todos os membros da família, incluindo salários, aposentadorias, pensões e aluguéis. Divida o valor total pelo número de membros da família.

Por exemplo: Se uma família com 4 membros recebe R$ 300 de aluguel e R$ 500 de pensão, deve somar estas duas rendas, que totaliza R$ 800. Depois, é só dividir esse valor por 4 (número de membros). Assim, a renda per capita dessa família será de R$ 200.

No caso do nosso exemplo, esta família teria direito ao Bolsa Família, pois a renda per capita fica abaixo do limite do programa, que é R$ 218.

Nova regra de proteção do Bolsa Família

É importante salientar que o Governo Federal estabeleceu a regra de proteção do Bolsa Família. Através dela, as famílias que aumentarem a sua renda para até meio salário mínimo per capita (R$ 660) não perderão o benefício.

A norma, implementada em junho, assegura a continuidade dos pagamentos por até dois anos nesses casos. No entanto, haverá uma redução para a metade do valor anterior. Portanto, quem recebia R$ 600, passará a receber R$ 300 por mais 2 anos, mesmo tendo outra renda.

No último mês, a regra beneficiou mais de 700 mil inscritos que teriam o Bolsa Família cancelado pela regra da renda mínima.

Se o Bolsa Família for bloqueado, o que fazer?

Muitas famílias tiveram a desagradável surpresa de ter o Bolsa Família bloqueado. Nestes casos, a primeira coisa a se fazer é verificar as regras do programa e se a família está cumprindo todas elas.

Se todas as regras estiverem sendo cumpridas e ainda assim os pagamentos foram suspensos, o responsável familiar deve juntar todos os documentos que comprovam o cumprimento para atualizar os seus dados, como comprovantes de renda, por exemplo.

Então, deve-se dirigir ao CRAS (Centro de Referência e Assistência Social) mais próximo para atualizar o CadÚnico (Cadastro Único do Governo Federal).

Reanalisaremos a inscrição após a entrega dos documentos comprobatórios. Assim, se estiver tudo conforme as exigências do programa, o benefício será reativado.

Manter o CadÚnico atualizado é essencial para evitar o bloqueio do benefício

As famílias devem estar atentas às normas de atualização do Bolsa Família. Isso porque o cadastro no CadÚnico deve ser atualizado sempre em duas situações específicas:

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  • Quando ocorrer alguma alteração nas informações da família, como endereço, número de membros, renda, entre outros;
  • Os beneficiários também devem atualizar o CadÚnico a cada dois anos, mesmo se não houver nenhuma alteração de informações.