Em setembro deste ano o setor do varejo apresentou um aumento de vendas considerável, fazendo com que o resultado do fim do terceiro trimestre do ano fosse positivo. Ainda que o mercado de trabalho esteja resistente, o resultado do varejo foi melhor do que o esperado, especialmente no que diz respeito aos supermercados.
Desse modo, o volume de vendas do comércio varejista no país aumentou 0,6%, depois de ter caído 0,1% no mês de agosto. Esses dados são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Supermercados aumentam vendas de varejo
A pesquisa do IBGE estudou oito atividades e apenas três avançaram em vendas varejistas, são elas:
- Hiper e supermercados;
- Bebidas e fumo;
- Produtos alimentícios.
O resultado positivo nestas categorias se deve a escolha orçamentária das famílias, que estão direcionadas aos itens de primeiras necessidades, como alimentos.
Em contrapartida, as outras cinco atividades variaram de forma negativa, confira:
- Combustíveis e lubrificantes: -1,7%;
- Tecidos, calçados e vestuários: -1,1%;
- Livros, revistas, jornais e papelaria: -1,1%;
- Artigos de uso pessoal e doméstico: -0,9%;
- Equipamentos e materiais de escritório, comunicação e informática: -0,1%.
Sobre o resultado do varejo
Se comparado ao mesmo período do ano passado as vendas aumentaram 3,3% e o esperado era uma alta de somente 2,5%. Ou seja, o varejo atingiu 4,9% acima do percentual antes da pandemia, que aconteceu em fevereiro de 2020.
O motivo desse resultado positivo foi a dinâmica mais resistente do mercado de trabalho, que ajudou o setor. De acordo com Rafael Perez, da Suno Research, esses resultados significam que o varejo será beneficiado por três fatores:
- O crescimento da massa salarial;
- O mercado de trabalho aquecido;
- A queda da inflação.
Vale destacar que o Banco Central, na última semana, cortou 0,50 ponto percentual na taxa Selic e que afirmou que as próximas reduções serão como esta. Ou seja, o varejo vai se beneficiar desta queda.
Imagem: ElasticComputeFarm/ Pixabay