A recente decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa básica de juros (SELIC) para 10% ao ano reflete as preocupações com a deterioração fiscal e externa do país, com aumento ou redução de juros.
Agora, explicaremos neste texto como esses fatores estão limitando a redução dos juros e levando os economistas a revisarem suas projeções.
Com a piora do cenário fiscal e externo, o Banco Central optou por elevar a SELIC para 10% ao ano, buscando conter as pressões inflacionárias e mitigar os riscos para a economia.
Impacto na redução dos juros
- Deterioração fiscal: O aumento do déficit público e a incerteza em torno das contas fiscais têm contribuído para a elevação dos juros, uma vez que o mercado demanda maior compensação pelo aumento do risco;
- Cenário externo desafiador: A volatilidade nos mercados internacionais, impulsionada pela escalada das tensões geopolíticas e pela retirada de estímulos monetários em países desenvolvidos, também tem impactado negativamente a redução dos juros no Brasil.
Revisão das projeções econômicas
Diante desse contexto, os economistas têm revisado suas projeções para a taxa SELIC e para o crescimento econômico do país.
A expectativa é de que os juros permaneçam em patamares elevados por um período mais prolongado, o que pode prejudicar a recuperação da atividade econômica. Conheça as expectativas futuras, abaixo:
- Incertezas persistem: As incertezas em torno da evolução da pandemia, do cenário político e das reformas estruturais continuam a influenciar as decisões do Banco Central e dos investidores;
- Necessidade de ajustes: Para reverter o cenário de deterioração fiscal e externa, será necessário implementar medidas de ajuste fiscal e promover reformas que estimulem o crescimento econômico de forma sustentável.
Sendo assim, a elevação da taxa SELIC para 10% ao ano reflete as preocupações com a piora fiscal e externa do país.
Esses fatores têm limitado a redução dos juros e levado os economistas a revisarem suas projeções. Diante desse cenário, é fundamental adotar medidas que promovam a estabilidade macroeconômica e criem condições para o crescimento sustentável no longo prazo.
Imagem: Reprodução Agência Brasil