Mudanças no programa habitacional Minha Casa Minha Vida são defendidas pelo ministro. Descubra quais são as propostas!

Mudanças no programa habitacional Minha Casa Minha Vida são defendidas pelo ministro. Descubra quais são as propostas!

Alexandre Silveira expressou o desejo de que o presidente Lula descarte partes da MP do programa Minha Casa Minha Vida.

Nesta quarta-feira (12), Alexandre Silveira, Ministro de Minas e Energia, reiterou sua posição favorável a um veto parcial da MP do Minha Casa, Minha Vida. Ele expôs ter solicitado ao presidente Lula o veto à emenda que impõe às distribuidoras a contratação do excedente energético proveniente de painéis solares do programa.

O Congresso Nacional adicionou essa emenda ao texto da MP do Minha Casa, Minha Vida. A Aneel já vinha criticando o item em questão. De acordo com a agência, essa imposição poderia gerar um impacto negativo de mais de R$ 1 bilhão na conta de luz da população.

Ler também: Saque do Bolsa Família sem Documentos choca brasileiros

Ao conversar com jornalistas, Silveira confirmou seu apoio à instalação de painéis solares, mas expressou preocupação com a obrigação imposta. Ele espera que o presidente Lula use seu poder de veto para ajustar este aspecto e alinhar o texto da MP com a proposta original do Governo Federal ao Congresso Nacional.

Declaração do Ministro

“Destaco que houve uma política governamental, sob liderança do presidente Lula, formulada pelos Ministérios de Minas e Energia e das Cidades, para ampliar o acesso à energia solar nas residências do Minha Casa, Minha Vida”, começou Silveira em diálogo com jornalistas nesta quarta-feira (12).

“Consideramos inadequado que as distribuidoras sejam forçadas a comprar o excedente energético dessas fazendas solares sem que haja benefícios à população”, argumentou o Ministro.

“O presidente (Lula) entende a importância de manter a política de energia solar para o Minha Casa, Minha Vida. No entanto, a cobrança não pode recair sobre as distribuidoras, é uma política governamental”, adicionou.

Em entrevista recente à CNN Brasil, já havia expressado essa visão. “O setor elétrico apresenta uma grande assimetria. Diversos fatores, como a abertura de mercado, ocorreram de maneira desequilibrada, provocando um grande impacto tarifário no consumidor regular”, finalizou.

“Devemos proceder com cautela para resolver os problemas até agora surgidos”, enfatizou.

Entendendo a mudança

O Governo Federal emitiu a MP 1162/2023 em fevereiro. Em resumo, o documento prevê o reinício do programa Minha Casa Minha Vida nos moldes populares dos primeiros governos do PT.

Ler também: Saque do Bolsa Família sem Documentos choca brasileiros

A MP também propõe a criação de medidas para aumentar a geração e distribuição de energia elétrica, feita principalmente por painéis solares.

Durante a tramitação no Congresso Nacional, os legisladores incluíram uma emenda. Essa emenda, que exige a compra do excedente energético gerado, causa a maior controvérsia.

O presidente tem até 17 de julho para sancionar a MP do Minha Casa, Minha Vida. Em entrevista, Rui Costa, Ministro da Casa Civil, disse que Lula analisará o assunto cuidadosamente e evitou antecipar decisões.

Futuro do Minha Casa Minha Vida

Segundo especulações, pode haver mudanças na liderança do Minha Casa, Minha Vida. Rita Serrano é a atual presidente da Caixa Econômica Federal, mas partidos do centrão desejam esse cargo, dada a responsabilidade do banco em grandes programas do Governo Federal.