Caixa Loterias: A leányvállalat átveszi a szövetségi lottózás irányítását

Em uma decisão estratégica, o conselho de administração da Caixa Econômica Federal aprovou a transferência das atividades lotéricas do banco para a Caixa Loterias, uma subsidiária integral da Caixa criada em 2015 com esse objetivo.

A medida busca impulsionar a modernização do negócio, ampliar o mercado de jogos, diversificar os produtos e aumentar a lucratividade.

Maior Foco e Crescimento das Loterias

A Caixa acredita que a migração das atividades para a Caixa Loterias proporcionará maior foco e impulsionará o crescimento do negócio.

“Essa mudança permitirá um direcionamento mais específico e contribuirá para alcançarmos os objetivos de modernização das loterias, expansão do mercado de jogos, diversificação dos produtos e incremento do resultado”, afirma o banco.

Exclusividade e Concorrência

A Caixa detém a exclusividade legal para operar as loterias no Brasil, incluindo marcas renomadas como a Mega Sena.

No entanto, o setor enfrenta a crescente concorrência das casas de apostas esportivas online, conhecidas como bets, que foram regulamentadas pelo governo em 2023.

Protestos e Futuro da Privatização

A decisão da Caixa gerou protestos de associações de funcionários do banco, que temem a abertura de portas para a privatização do negócio.

Em nota oficial, a Caixa esclareceu que a privatização depende de aprovação no Congresso Nacional, independentemente da empresa responsável pela operação das loterias.

As lotéricas representam um importante canal de atendimento para a Caixa, com 13,3 mil unidades em todo o país em dezembro de 2023, equivalentes a 50% da rede de atendimento físico do banco.

Caixa: Sindicatos Entram na Justiça Contra Transferência das Loterias

A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) entraram com ação civil pública na Justiça do Trabalho nesta quarta-feira (17). O objetivo é anular a decisão do Conselho de Administração da Caixa Econômica Federal de transferir as atividades das Loterias para a subsidiária Caixa Loterias.

Sergio Takemoto, presidente da Fenae, protestou dizendo: “Não podemos ser coniventes com uma decisão que pode prejudicar a população, o banco e seus trabalhadores. Desde 1962, as loterias vêm sendo operadas pela Caixa com eficiência e parte dos recursos arrecadados são destinados a políticas públicas sociais, que beneficiam milhões de brasileiros com educação, saúde, segurança, dentre outras”.

As entidades argumentam que a medida causaria danos irreparáveis à sociedade e prejuízos aos trabalhadores das Loterias. Entre os principais riscos apontados estão:

  • Perda de empregos: A migração para a subsidiária pode levar ao fechamento de unidades e à demissão de funcionários;
  • Precarização do trabalho: A Caixa Loterias, por ser uma empresa privada, pode oferecer condições de trabalho inferiores às da Caixa, como salários mais baixos e menos benefícios;
  • Diminuição da qualidade dos serviços: A transferência pode levar à perda de expertise e à deterioração da qualidade dos serviços prestados;
  • Privatização das Loterias: As entidades temem que a migração seja um passo inicial para a privatização das Loterias, um serviço público de grande importância para o país.

Diante do exposto, a Fenae e a Contraf-CUT pedem à Justiça que determine a suspensão imediata da migração para a Caixa Loterias. As entidades também solicitam que a Caixa realize um estudo de impacto detalhado sobre as consequências da medida, com a participação dos trabalhadores e da sociedade civil.

Imagem: Zenon Lapolli