Com a recente polêmica do apagão em São Paulo, muita gente passou a se perguntar a respeito da privatização da energia elétrica na região. É importante destacar que a privatização é uma realidade desde 1998, ou seja, a Enel não foi a primeira empresa a comandar o setor.
Isso porque a privatização ocorreu durante a gestão do governador Mário Covas. Dessa forma, veja a seguir como foi este processo e entenda melhor as polêmicas que a empresa se envolveu no último fim de semana.
Processo de privatização da energia elétrica
A Eletropaulo, empresa estatal, surgiu em 1981, no governo de Paulo Maluf. Contudo, em 1998 a empresa foi desmembrada em outras quatro e se iniciou o processo de privatização. Assim, havia quatro pequenas empresas, sendo elas:
- Eletropaulo Metropolitana: cuidava da distribuição de energia na capital paulista e na região metropolitana;
- Eletropaulo Bandeirante de Energia: era responsável pela distribuição na grande São Paulo e parte da Região Metropolitana do vale do Paraíba e Litoral norte;
- Empresa Paulista de Transmissão de Energia;
- Empresa Metropolitana de Águas e Energia: responsável pela parte hidráulica estatal.
Com essa separação, cada empresa passou a valer R$ 8,2 bilhões. Em 2001, a companhia foi vendida para a Houston Industries e para AES Corporation, e passou a ser chamada de AES Eletropaulo e ficou assim até 2018.
No mesmo ano houve um outro leilão, na B3, e a Enel, companhia italiana, deu o lance vencedor e pagou R$ 45,22 por ação da empresa, totalizando 122,79 milhões de papéis da empresa.
Com a compra, a Enel assumiu o controle de mais 70% da distribuidora de energia paulista.
Polêmicas envolvendo a Enel
No último fim de semana a Enel se envolveu em uma grande polêmica, devido a demora em restabelecer a energia elétrica em São Paulo. Com o forte temporal, grande parte da capital e da região metropolitana ficou sem energia elétrica por mais de 24 horas.
Como o período sem luz foi muito longo, muitas famílias perderam alimentos e tiveram eletrodomésticos danificados devido à instabilidade.
Imagem: Divulgação/ Enel