O programa Bolsa Família, anunciado em março, apresentou modificações nas diretrizes para acesso ao benefício em 2023. Uma parcela adicional no montante de R$600 será disponibilizada a partir de 18 de setembro, seguindo o calendário oficial. Contudo, é crucial enfatizar que a adesão às condicionalidades determina a continuidade do recebimento pelo núcleo familiar.
Uma destas condicionalidades envolve o acompanhamento da assiduidade escolar, assegurando que os beneficiários estejam em conformidade com compromissos em saúde e educação. As famílias selecionadas devem cumprir com as normativas estabelecidas pelo governo.
Desrespeitar estas normativas pode resultar na suspensão do auxílio.
Frequência escolar determinada
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No âmbito educacional, a assiduidade escolar preestabelecida varia conforme a idade dos membros familiares. Os índices estipulados são:
- Crianças de 4 a 5 anos: mínimo de 60% de presença;
- Beneficiários entre 6 a 18 anos que ainda não finalizaram a educação básica: mínimo de 75% de frequência.
- Fora a presença escolar, outras condicionalidades abrangem acompanhamento pré-natal, aderência ao calendário de vacinação nacional e monitoramento nutricional de infantes menores de 7 anos.
Motivos de ausência
Há situações em que ausências são inevitáveis, permitindo às famílias justificá-las para manter o benefício. O Sistema de Monitoramento do PBF aceita as seguintes razões:
- Enfermidades do estudante, atestadas ou avaliadas pelo educandário;
- Situações de doença ou falecimento familiar;
- Falta de oferta educacional;
- Barreiras à mobilidade, como enchentes, ausência de transporte ou conflitos urbanos.
Porém, em determinados cenários, as ausências não são justificáveis, necessitando de intervenção governamental, tais como:
- Gestação na adolescência;
- Situação de rua;
- Descuido dos tutores;
- Exploração laboral infantil;
- Violência e abuso sexual;
- Violência intrafamiliar;
- Ausências sem motivo definido.
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Suspensão do Bolsa Família
O governo federal anunciou a retenção de benefícios para 1,2 milhão de indivíduos solitários em abril. O Ministério do Desenvolvimento Social informou que os afetados terão 60 dias para atualizar seus dados no Cadastro Único e resgatar os montantes atrasados.
Segundo o ministro Wellington Dias, se o indivíduo atender aos critérios e demonstrar sua situação de morador único, o benefício será restaurado, contabilizando os valores retidos. Esse processo exige a validação de informações e renovação dos dados no posto do Cadastro Único local, além da assinatura de um termo de declaração.
Após a revisão, o gestor local do programa liberará os valores, pagando as parcelas pendentes. A ausência de registro da frequência escolar de um quarto dos jovens beneficiados é alarmante.
O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social destaca a severidade desta situação, mencionando que é um legado de administrações passadas. Contudo, estão em curso ações para modificar esse panorama.
O monitoramento do Bolsa Família é dever compartilhado entre as esferas federal, estadual e municipal. Descoordenações anteriores comprometeram essa relação, levando à negligência das condicionalidades do programa assistencial.
Com a renovação do Bolsa Família em 2023, o governo redobrou esforços na verificação dos registros familiares. Inúmeras ações se implementaram, incluindo a união de bancos de dados interministeriais e a capacitação de agentes para assegurar a precisão dos registros.
É vital que os beneficiários compreendam e respeitem as regras e condições, particularmente sobre a frequência escolar. Honrar esses compromissos garante a manutenção do auxílio e o desenvolvimento saudável dos jovens.
O monitoramento constante da assiduidade escolar fortalece o setor educacional e molda cidadãos informados e aptos para os desafios futuros.